Quais os valores comuns e aceitáveis do CMV (Custo das Mercadorias Vendidas)? Como calcular? O que muda de um segmento para outro (serviços, alimentação, calçados etc.)?
O CMV, ou Custo das Mercadorias Vendidas, é um dos indicadores mais importantes para qualquer negócio, seja no varejo, na indústria ou em serviços que envolvam insumos. Ele representa o custo direto daquilo que a empresa comercializa e, por isso, tem impacto imediato na lucratividade. Um CMV mal administrado pode corroer margens de forma silenciosa, comprometendo os resultados da operação.
Para calcular o CMV, utiliza-se a fórmula básica: CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final. Ou seja, leva-se em conta o que havia no estoque no início do período, soma-se o que foi comprado e, ao final, subtrai-se o que ainda está disponível. O resultado é o custo efetivo dos produtos vendidos naquele intervalo de tempo.
Os valores considerados aceitáveis para o CMV variam de acordo com o segmento. Em alimentação, por exemplo, costuma girar entre 25% e 35% do faturamento, embora em alguns modelos de negócio possa chegar até 40%. Já em segmentos de moda e calçados, o CMV tende a ser mais baixo, na faixa de 30% a 45%, pois a margem de contribuição costuma ser maior. Em serviços, quando há insumos envolvidos (como estética ou odontologia), o percentual pode variar bastante, mas em geral fica entre 15% e 25%.
É fundamental acompanhar esse indicador de perto. Pequenas variações no preço de insumos, transporte ou negociações com fornecedores podem elevar o CMV e, consequentemente, reduzir a margem de lucro. Um bom controle de estoque, aliado a processos de compra eficientes, garante equilíbrio e sustentabilidade financeira ao negócio.
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