Crédito: Yan Krukau
A formatação de uma franquia é uma das etapas mais estratégicas para qualquer negócio que deseja escalar. É nesse momento que o modelo passa a ser estruturado para garantir padronização, replicabilidade e segurança jurídica.
Só que, apesar da importância, muitos franqueadores subestimam os riscos desse processo e acabam deixando de lado pontos críticos que podem comprometer o futuro da rede.
No livro Franchising Orientado a Resultados, Erick Vils e José Fugice detalham como a formatação deve ser conduzida para evitar armadilhas.
Além dos aspectos mais conhecidos, como marketing e treinamento, existem riscos pouco falados, mas que podem ser fatais se ignorados. Veja alguns deles agora.
1. Tributação mal planejada
Um dos erros mais comuns é não considerar corretamente o modelo tributário da rede. Se a escolha do regime for inadequada, o negócio pode perder competitividade ou até inviabilizar margens de lucro.
Como evitar: contar com uma análise contábil e fiscal especializada ainda na fase de formatação, simulando diferentes cenários de tributação, é fundamental.
2. Canibalização entre unidades
Abrir novas unidades sem um estudo de território detalhado pode gerar concorrência desnecessária entre os próprios franqueados. A chamada canibalização reduz faturamento, cria conflitos e prejudica a credibilidade da rede.
Como evitar: antes de mais nada, é preciso mapear territórios de forma estratégica, respeitando a área de influência de cada unidade e projetando o crescimento sustentável da rede.
3. Fragilidades jurídicas
Aspectos jurídicos mal estruturados, como uma Circular de Oferta de Franquia incompleta ou cláusulas frágeis no contrato, abrem brechas para disputas que podem custar caro. A legislação de franquias é clara, mas muitos franqueadores ainda pecam por falta de transparência ou por usar contratos genéricos.
Como evitar: elaborar uma COF robusta e contratos personalizados, sempre com apoio jurídico especializado em franchising.
4. Processos mal documentados
Uma franquia depende de replicabilidade. Se os processos não estão claros, a rede perde consistência e cada unidade passa a operar de forma diferente, comprometendo a padronização e a experiência do cliente.
Como evitar: investir em manuais bem estruturados, com rotinas operacionais, padrões de qualidade e uso de tecnologia para manter a documentação sempre atualizada.
5. Custos invisíveis
Outro risco recorrente é não calcular corretamente os custos da franqueadora para se manter. Sem essa visão, as taxas cobradas podem não ser suficientes para sustentar consultorias de campo, treinamentos e a central de atendimento ao franqueado.
Como evitar: projete um orçamento detalhado da franqueadora, considerando custos fixos e variáveis, além de realizar ajustes à medida que a rede cresce.
6. Falta de dados estratégicos
Muitas redes nascem sem mecanismos para coletar, organizar e analisar dados das unidades. O resultado é um franqueador que opera no escuro, sem conseguir tomar decisões rápidas sobre desempenho, inadimplência ou vendas.
Como evitar: adote desde a formatação sistemas integrados de gestão que consolidam informações e oferecem relatórios estratégicos.
O papel da tecnologia e da Solutto
A formatação de uma franquia sólida exige visão estratégica, atenção a detalhes jurídicos, tributários e operacionais, além de uma estrutura de gestão confiável.
É nesse ponto que a tecnologia se torna um diferencial. A plataforma da Solutto oferece uma base completa para redes em fase de formatação ou expansão, com módulos que centralizam dados, padronizam processos e trazem previsibilidade para a operação.
Com mais de 20 anos de experiência no franchising, a Solutto acompanha redes de diferentes setores, ajudando franqueadores a transformar riscos em oportunidades de crescimento seguro e sustentável.